19/11/2024

19o FIM - Vida, clima e ancestralidade: A Amazônia não custa petróleo

 

Ao longo de suas edições, o Festival Imagem-Movimento define um mote, uma frase que norteia o festival e define a identidade de cada edição. Uma forma de comunicar a mensagem social, cultural e política que permeia toda a organização do evento.


Nesta 19ª edição, diante da grave ameaça que impacta diretamente as vidas amapaenses e todo o bioma amazônico, o FIM traz como mote e evocação coletiva a frase “Vida, Clima e Ancestralidade: a Amazônia não custa petróleo”.

A exploração de gás e petróleo na costa do Amapá vem avançando incisivamente nos últimos dois anos e coloca em grave ameaça a existência de ecossistemas, comunidades, modos de vida e saberes. A bacia da foz do Amazonas, região de foco da indústria petrolífera, está localizada em terras indígenas de ao menos quatro grupos étnicos que habitam as terras do Oiapoque. A região abriga também ecossistemas variados como mangues, florestas tropicais e o grande sistema de recifes da Amazônia.

O Amapá, assim como boa parte da Amazônia, sofre um ciclo histórico de exploração dos seus recursos naturais, sem que a população sinta benefícios reais em sua qualidade de vida. O que se observa é o oposto, os passivos ambientais ficam e os benefícios são exportados e usufruídos em outras paragens.

A diversidade dos ecossistemas assegura um equilíbrio ambiental nacional e global. Respeitá-la e preservá-la é manter em segurança nossas vidas, nosso clima e nossa ancestralidade.

Enquanto festival, buscamos enfatizar as perdas e apagamentos que são iminentes com tal ameaça socioambiental, trazendo como ferramenta de diálogo e comunicação o audiovisual independente.

Nossas vidas não custam petróleo! Estamos em alerta, firmes e fortes!

03/08/2024

Estão abertas as inscrições para o 19º Festival Imagem-Movimento - FIM!

🔈Atenção seres audiovisuais!  🔈

Estão abertas as inscrições para o 19º Festival Imagem-Movimento - FIM! Estamos recebendo curtas-metragens até 15 minutos, lançados a partir de janeiro de 2022, de gêneros diversos (obras ficcionais, documentais, híbridas, experimentais, animações e videoclipes), nacionais e internacionais. As inscrições são gratuitas e seguem até 30 de setembro.  O 19º Festival Imagem-Movimento será realizado de 5 a 8 de dezembro, em Macapá/AP, e toda a programação é gratuita.  Em 2024, o FIM completa 20 anos de atividades! Junte-se a nós nesta celebração ao audiovisual amazônico e brasileiro.  

Consulte o regulamento e inscreva-se em www.festivalfim.com

 Identidade visual: @yaa.jf 

 #festivalfim #audiovisual #CinemaBrasileiro #Amapá #FIM20anos

26/06/2021

Saiba quem são os jurados da Mostra Fôlego! do XVII FIM

 


Todos os anos, o Festival Imagem-Movimento (FIM) realiza a Mostra Fôlego!, voltada exclusivamente para as produções audiovisuais do Amapá. A Mostra Fôlego! é competitiva e conta com a votação do público e também de jurados que fazem parte do mundo do cinema. 

Nesta XVII edição, o FIM convidou dois jurados para votarem e avaliarem os filmes amapaenses: a documentarista e poeta Jade Rainho (PA) e o diretor Sérgio de Carvalho (AC), diretor do Festival Pachamama, festival de cinema do Acre.


Critérios de seleção

Para escolher o melhor filme amapaense, os jurados seguirão alguns critérios: relevância da produção para a cena audiovisual amapaense; aspectos técnicos da produção (direção, fotografia, roteiro, atuação, direção de arte, direção de som) e produção de baixo orçamento e/ou coletiva e/ou proveniente de projetos sociais colaborativos. Mas também utilizarão critérios próprios para definir suas escolhas, de maneira que a seleção seja equilibrada.

Desta forma, o processo de seleção segue a mesma linha que permeia o sentido geral do festival. 

A soma dos votos dos jurados junta-se à soma dos votos do júri popular e, assim, é selecionado o filme vencedor do Prêmio Gengibirra de Audiovisual+R$ 2.500 em incentivo financeiro.

Nesta edição o filme destaque da Mostra Fôlego! será anunciado na Festa Auvaitssê, que será transmitida ao vivo pelo canal do festival, no YouTube, no domingo, 27. 

A premiação acontece a partir das 21h30.

Quem é Jade Rainho 


Jade Rainho é cineasta, documentarista, poeta, pesquisadora cultural, educadora e ativista pelos direitos humanos e ambientais. Graduada em Comunicação Social pela UFRGS (2004-2010), estudou Ciências Sociais e Poéticas Visuais na USP, em 2012. Iniciou sua carreira no mercado publicitário como planejamento estratégico e pesquisadora cultural e comportamental, participando de estudos para instituições e marcas como Akatu – Pelo Consumo Consciente, ISA – Instituto Socioambiental, Rede Globo, Nike, Lacoste, Coca-Cola e Kraft Foods. 

Em 2011, foi cofundadora do Estúdio Lâmina em São Paulo – apontado como referência em movimento cultural e arte contemporânea brasileira por jornais brasileiros e revistas internacionais. Em 2013, com o “Raiz das Imagens: Cinema-Ação Etapa Xavante”, deu aulas de documentário para jovens indígenas Xavantes e viveu por dois meses na aldeia Guadalupe, Reserva de São Marcos (MT).

Em 2014, lançou “Flor Brilhante e as Cicatrizes da Pedra”, seu primeiro documentário de curta-metragem, uma produção ativista, independente e colaborativa, que apresenta a história de uma família de rezadores guarani-kaiowá da aldeia Jaguapiru, Reserva de Dourados (MS), que há 40 anos vive violações de direitos ambientais e humanos devido à mineração em terra indígena. O filme estreou na sala de cinema do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, como parte da Virada Cultural 2014. Desde então, foi exibido em mais de 60 festivais e mostras em 21 países, traduzido para seis línguas e premiado no Brasil, Bolívia, Peru e México. Entre 2014 e 2015, participou do projeto educativo “Sons Diamantinos”, documentando sua atuação em nove vilarejos da Chapada Diamantina (BA), resultando no documentário de curta-metragem “Sons Diamantinos – Agricultura Celestial” e no livro de fotografia “Imagens Diamantinas”. Em 2017, publicou o livro de poesia “Canção da Liberdade”. Desde 2018, está produzindo seu primeiro longa-metragem, “Toda Vida é uma Obra de Arte”, que se encontra em fase de montagem.


Quem é Sérgio de Carvalho 


Sérgio de Carvalho é diretor, produtor e escritor.

É formado em Cinema pela Universidade Estácio de Sá. Na direção assina os projetos: séries de TV “Nokun Txai - Nossos Txais” (2016/2017) e “O Olhar Que Vem de Dentro” (2017); Nesse ano também dirigiu o longa documentário “Empate”, que ficou em 2º lugar na escolha do público na 8ª Mostra Ecofalante de Filme Ambiental e o curta de animação “Awara Nane Putane - Uma História do Cipó” (2010). Há oito edições dirige o Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira, além de dirigir o programa “Almanaque Aquiry” da TV Aldeia/Acre (2008).

Como produtor realizou os projetos “Bimi”, “Shu Ikaya” (média-metragem de 2017); “Ticket to Paradise – Al Jazeera” (2013); os documentários para TVs “Epopeia Euclydeacreana” (2008) e “Mergulho” (2009/10). Foi coordenador da região Norte do Projeto Inventar com a Diferença - Cinema e Direitos Humanos (2014), UFF e Secretaria Nacional dos Direitos Humanos.

É autor dos livros “Outros Morangos” (Contos/2015) e “Noites Alienígenas”, vencedor do concurso Garibaldi Brasil de Literatura (Romance/2010).

Atualmente está em fase de produção do longa-metragem “Noites Alienígenas”, selecionado no Edital Longa BO, do Minc/SAv.


O mais antigo do Norte


O FIM acontece anualmente em terras amapaenses, desde 2004, consolidando-se, ao chegar à sua XVII edição, como o festival de audiovisual mais antigo da região Norte do país. Este ano, o evento conta com recursos provenientes da Lei Aldir Blanc, de emergência cultural, captados através de editais da Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult-AP). Além de sua tradicional equipe de realizadores independentes, esta edição é assinada também pela Oca Produções.

Assista à programação do XVII FIM: