No próximo domingo, 4 de dezembro, às
19h, a programação do 13º Festival Imagem-Movimento terá início com a
tradicional Mostra Muralha na Fortaleza de São José de Macapá. Momento de ocupação
dos espaços públicos, este ano a mostra de abertura apresenta uma seleção de
filmes convidados e inscritos, com classificação livre.
Um dos destaques da noite é o documentário
convidado “Pra onde foram as andorinhas”. Premiado em festivais internacionais,
o
filme mostra de forma sensível como os povos que habitam o Parque Indígena do
Xingu, em Mato Grosso, estão percebendo e sentindo em seu dia a dia os impactos
das mudanças do clima: seja em sua base alimentar, em seus sistemas de
orientação no tempo, em sua cultura material e em seus rituais. Eles estão
preocupados com futuro de seus netos, das novas gerações. Com o mundo que vão
deixar de herança para eles.
Entre os filmes inscritos, destacam-se
produções que levantam questões como homofobia no futebol e trabalho escravo,
assim como um filme de realizador indígena.
A Mostra na Muralha acontece há nove anos, e exibe
produções de diversos gêneros e temáticas. Vem com a gente ver filmes projetados em
uma tela gigante, em um cenário que só Macapá tem, em uma das mais bonitas
mostras de cinema a céu aberto do país!
Em exibição:
A casa
mais bela
Direção: Raphael Gustavo da Silva
Ano: 2015
Duração: 1’
Origem: Goiânia (GO)
Classificação: Livre
Sinopse: Com restos da construção de seu vizinho, um homem simples
constrói a casa mais bela da rua.
Lápis sem
cor
Direção: Iuri Moreno
Ano: 2016
Duração: 15’31”
Origem: Goiânia (GO)
Classificação: Livre
Sinopse: A história de um pequeno e singelo lápis sem cor e seus
misteriosos devaneios.
Pra onde
foram as andorinhas
Direção: Mari Corrêa
Ano: 2015
Duração: 22’
Origem: São Paulo (SP)
Classificação: Livre
Sinopse: O clima está mudando, o calor aumentando. Os índios do
Xingu observam os sinais que estão por toda parte. Árvores não florescem mais,
o fogo se alastra queimando a floresta, cigarras não cantam mais anunciando a
chuva porque o calor cozinhou seus ovos. Os frutos da roça estão se estragando
antes de crescer. Ao olhar os efeitos devastadores dessas mudanças, eles se
perguntam como será o futuro de seus netos.
As portas
estão abertas
Direção: Henrique Grise
Ano: 2015
Duração: 11’
Origem: São Paulo (SP)
Classificação: Livre
Sinopse: Rosa trabalha em uma oficina de costura clandestina em
São Paulo num regime de semiescravidão. Sua filha espera na Bolívia.
As três
Direção: Elena Sassi
Ano: 2016
Duração: 14’17”
Origem: Porto Alegre (RS)
Classificação: Livre
Sinopse: Cecília passa um fim de semana na casa de Anaís e Isabelle,
suas amigas de infância.
Jogo
truncado
Direção: Caroline Neumann; Guilherme Agostini Cruz
Ano: 2016
Duração: 13’
Origem: São Paulo (SP)
Classificação: Livre
Sinopse: Jogo truncado é um projeto que fala sobre os movimentos
de torcedores que se organizam contra a homofobia no futebol brasileiro.
Konagxeka
– o dilúvio Maxakali
Direção: Charles Bicalho; Isael Maxakali
Ano: 2016
Duração: 13’
Origem: Belo Horizonte (MG)
Classificação: Livre
Sinopse: "Konãgxeka na língua indígena maxakali quer dizer
“água grande”. Trata-se da versão maxakali da história do dilúvio. Como um
castigo, por causa do egoísmo e da ganância dos homens, os espíritos yãmîy
enviam a “grande água”.
Trata-se de um filme indígena. Um dos diretores é representante do
povo indígena Maxakali, de Minas Gerais. Filme falado em língua Maxakali, com
legenda. O argumento do filme é o mito diluviano do povo Maxakali. As
ilustrações para o filme foram feitas por indígenas Maxakali, durante oficina
realizada na Aldeia Verde Maxakali, no município de Ladainha, Minas
Gerais."
SERVIÇO:
13º FIM – Mostra Muralha
Data: 04 de dezembro
Local: Muralha da
Fortaleza de São José
Duração: 1h18
Horário: 19h
Classificação: Livre
Aberto ao público