Em “Todos esses dias em que sou estrangeiro”, conhecemos Antônio, um menino nordestino que, junto de seu irmão mais velho, sai de sua cidade natal para tentar uma vida melhor no Rio de Janeiro. Trabalhando como garçons de um bar para se sustentarem, ambos são vítimas do tratamento depreciativo que recebem por conta de serem de um lugar diferente. Antônio está fora de seu lugar.
Sobre o filme, Eduardo Morotó diz: “Ainda hoje muita gente sai do interior do Nordeste, Agreste e Sertão, adolescentes, para ganhar a vida como garçons nos bares e restaurantes do Sudeste e são tratados como “paraíbas”. Isso é histórico. Queria, de alguma forma, abordar esse sentimento de ser estrangeiro dentro do próprio país. Conceitualmente falando, a minha ideia era construir um trágico e não um drama. Meu foco estava na tensão do terror cotidiano. A intolerância é um mal que assola o mundo desde sempre e uma vez plantada é levada adiante, ou demanda modos de reação. É um motor da destruição. Para mim o filme é essencialmente sobre isso.”
Serviço:
10º Festival Imagem-Movimento – Mostra na Muralha
Dia: 07 de dezembro
Horário: 19h
Local: Fortaleza de São José