24/06/2011

Relatório da Viagem a Belém/PA


Diálogos Brasil Audiovisual


Na madrugada do dia 10 de junho foi lançado o desafio: Ir a Belém do Pará participar do Diálogos Brasil Audiovisual/Norte. Na ocasião estaria presente a Secretária do Audiovisual, Ana Paula Santana. Nossa equipe não poderia perder essa oportunidade de conversar com uma representante do MinC e mostrar nossas ações e propostas de melhoramento para o audiovisual no Amapá e consequentemente na região norte. Até aí tudo bem, mas onde estava o desafio? Em tudo. A começar pelo tempo-espaço-dinheiro-pessoa.


A reunião com a secretária seria dia 13/06, não tínhamos dinheiro para passagens de avião, alimentação e estadia, além é claro, da única opção de pessoa para ir ter sido esta relatora. Pois, apesar de atuar algum tempo com cinema não tinha/tenho muita politização sobre o assunto. E como soubemos do evento em cima da hora, não tivemos tempo de discutir proposta para levar ao Diálogos.


Porém, contra todos os enlaces negativos, conseguimos uma passagem de avião de ida para Belém e levantar uma graninha com a ajuda da equipe fimisunivercinemabdec. Cheguei a Belém na madrugada do dia 13/06 e com a articulação de Alexandre Brito em meio aos seus contatos de Belém, fiquei hospedada na casa de Edmir Amanajás, um abedista do Pará e, formulamos juntos algumas propostas para apresentar na reunião.


O Diálogos Brasil Audiovisual chegou até nós como sendo uma conversa com a região Norte sobre cinema e vídeo. O que se viu, no entanto, foi bem diferente. O único Estado de fora era o Amapá, os demais participantes eram todos do Pará. O auditório do Instituto de Artes do Pará (IAP) estava lotado, mas não se observava uma unidade de interesses entre os produtores e fomentadores de cinema daquele Estado. Cada um queria defender o seu, a exceção de Afonso Gallindo, Diretor de Regionalização ABD nacional, que em seu discurso final apontou problemáticas gerais, as quais quase todos os estados do Norte e Nordeste enfrentam, como internet lenta e falta de profissionalização dos agentes locais/regionais.


Dentre os muitos temas abordados na fala da secretária, um deles foi justamente a profissionalização desses agentes do audiovisual. Ela admitiu que o MinC pecava nesse aspecto e que na sua gestão ela tentará modificar este quadro.

(...)

Finalmente quando o Amapá conseguiu a palavra foi apresentada a Secretária as ações amapaenses na área do audiovisual, os cineclubes em pleno funcionamento, as produções locais e a realização do 1° Seminário de Audiovisual Amapaense que acontecerá de 24 a 30 de julho. Na oportunidade convidamos Ana Paula Santana para participar do Seminário e a reposta de imediato foi sim.


O que foi possível perceber é que a Secretaria do Audiovisual do MinC quer mesmo conhecer e mapear o audiovisual brasileiro, começar de dentro pra fora. Saber quais os problemas e as demandas de cada região e só assim formular politicas públicas consistentes e tangíveis a todos. Agora cabe a nós aprofundarmos nossos conhecimentos e formularmos propostas de acordo com a realidade amapaense.


Como disse no início, não era a pessoa mais qualificada para participar de tal evento político, mas o desafio e a ousadia faz parte do processo criativo. A experiência foi muita válida e o passo para politização imenso.

Gostaria de deixar expresso meu agradecimento especial a Dani Franco e Edmir Amanajás pela acolhida em Belém, e a Augusto [tuto] Pessoa pelas dicas via facebook na hora do evento.


Macapá-AP, 24 de junho de 2011.

Emília Garçon

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