11/10/2014

Clube de Cinema extravagantemente apresenta: The Horror Picture Show


Em 26 de setembro de 1975, um filme de baixo orçamento intitulado The Rocky Horror Picture Show (RHPS) foi lançado, recebendo na época críticas duvidosas e números de bilheteria inexpressivos. Esta paródia musical dos filmes de ficção científica e horror mais tarde mudou-se para as sessões da meia-noite de sexta-feira e sábado. Lá, ele rapidamente alcançou o status de filme cult e tornou um dos principais representantes do movimento underground conhecido como Midnight Movies. RHPS ainda é exibido todo fim de semana na maioria das grandes cidades dos EUA e é o foco central de uma subcultura única composta principalmente por jovens, que se reúnem no cinema semana após semana para celebrarem a produção de um jeito nada convencional, travestindo-se dos personagens e encenado passagens marcantes do longa durante as sessões.
The Rocky Horror Picture Show conta a história do casal Brad Majors e Janet Weiss, que tem o pneu do carro furado enquanto viajam em uma noite de tempestade, e procuram ajuda em um castelo estranho no meio do nada. Depois de serem recebidos pelos estranhos empregados, Riff Raff e sua irmã, Magenta, eles são apresentados ao seu anfitrião, um excêntrico cientista travesti chamado Dr. Frank N. Furter. Frank convida-os a testemunhar a inauguração de sua mais recente criação, um músculoso escravo sexual chamado Rocky. A partir dai, uma sucessão de situações nonsense e extravagantes acontece no castelo, suscitando diversas questões sobre sexualidade e papéis de gênero, no que diz respeito aos conceitos de feminino e masculino e suas construções sociais.
The Rocky Horror Picture Show completou 39 anos de lançamento recentemente e continua sendo um filme ousado. Temos dois protagonistas que começam sua jornada como modelos tradicionais de sexualidade e de vestimenta e que se desconstroem em relação a esses aspectos ao longo das experiências passadas no castelo. Ao mesmo tempo, uma nova corporalidade é construída, através do rompimento das regras preestabelecidas de gênero. O filme possui uma estética fortemente ligada à transgressão, sendo essa o fim de qualquer tipo de repressão contra identidades de gênero e a livre expressão da sexualidade. Valores e significações são revistos.
Considerando o retrocesso que vemos atualmente em várias áreas ligadas justamente a gênero e sexualidade, é de se perguntar se alguém teria coragem de fazer uma obra como essa nos dias de hoje.

ENTRADA GRATUITA
Quando: 11/10
Horário: 19h