Após a morte prematura de
sua esposa, a vida de Rubens fica suspensa em uma profunda depressão, que o faz
entrar nos lugares mais ocultos e sensíveis da alma. Seu estado psicológico
transita entre as suas memórias, sensações, medos, sonhos e vigília em um só
tempo, o seu tempo interior. E é dentro deste tempo que a história é narrada,
com uma linguagem que se afasta da prosa e aproxima-se à poesia.
“A Noite foi o título dado a um pequeno caderno de
anotações e poesias, que apesar de não saber onde me levariam, havia uma
intenção bem clara: expressar os sentimentos mais profundos de uma pessoa que
passa por um momento difícil, como por exemplo alguém que teve uma perda
irreparável na sua vida. O nome pareceu-me interessante pela riqueza de
significados dessa palavra. A noite pode ser tanto a parte do dia em que
escurece e que por convenção chamamos de noite, quanto a escuridão, as trevas, o universo onírico, o que está oculto,
o que não se vê. Também “A Noite” porque recorrentemente as páginas do meu
caderno eram preenchidas durante a noite, e o próprio ato de escrever requer
uma certa dose de noite, de solidão, de serenidade e caos”.
Algumas considerações sobre o filme A NOITE, feitas pelo
próprio diretor, Rodrigo Amboni. Confira na íntegra: http://blogomago.blogspot.com.br/2014/02/a-noite-um-filme-de-rodrigo-amboni-apos.html.