Aproveitando o embalo do início das Mostras em Movimento, ressaltamos que desde a primeira edição à décima primeira (2004 a 2014), eram exibidos todos
as produções audiovisuais inscritas no FIM, como uma conseqüência direta dos
conceitos que balizam o festival, baseados principalmente na democratização do
protagonismo audiovisual e, por conseguinte, na valorização das produções audiovisuais independentes e de baixo orçamento como forma de estimar e estimular a diversidade através
das imagens-movimento acompanhadas de som, independente de seus contextos de
realização.
Pois bem, funcionando desta forma, era de se
esperar que um dia não fôssemos mais capazes de abarcar a exibição de todos os
filmes inscritos, afinal - é sempre bom lembrar - somos um festival
independente e para mantermos isso, que é o que queremos no momento, é preciso
que o FIM caiba em proporções com as quais possamos lidar, caso contrário,
seriam necessários contratos, terceirizações, e outras cositas mas que transformariam o FIM em um festival o qual não
teríamos como financiar e nem temos, pelo menos até então, o interesse de ser.
Então este dia chegou, em 2014 recebemos 374 inscrições, estando aptas a serem
exibidas de acordo com nosso regulamento, 352 produções, (exatamente 4 vezes o
numero máximo de inscritos que já havíamos tido, 88).
Esta superlotação de filmes gerou a extensão das
Mostras em Movimento, da forma como já explicamos, mas apenas em caráter
temporário, no sentido de que manter este formato para as próximas edições só
empurraria o “problema” mais para frente, pois em um outro belo dia, caso as
inscrições no festival continuem a
crescer no ritmo em que estão, lá estaríamos nós ganhando o Guiness e fazendo o
maior festival do mundo em duração, emendando uma edição na outra, abandonando
nossas famílias e ficando loucos...
Para que isso não aconteça, toda essa situação
acarretou algumas mudanças para as próximas edições do FIM, mudanças que podem
ser definitivas ou não, dependendo do andar da carruagem de 2015, e que podem
não parecer lá grande coisa, pois apenas ficamos mais próximos dos formatos
comuns de festivais espalhados pelo mundo, mas para nós serão grandes mudanças
por representarem exatamente o que durante muito tempo evitamos... Mas, o
FIM ainda é o FIM, e justamente para poder continuar o sendo, a partir da 12ª
edição (Oh! Como estamos grandinhos!) as inscrições no festival passam a ser
pagas (R$ 20) e a curadoria dos filmes passa a ser seletiva. Além disso, uma
novidade que pretende esquentar a produção amapaense de audiovisual é que a
Mostra Fôlego (filmes amapaenses) passará a ser competitiva com premiação para
a produção destaque!
Assim contamos com a compreensão de todos e
lembramos que estamos recebendo e organizando as inscrições da 12ª edição (mais
de 100 filmes já), portanto leia o regulamento e se inscreva o quanto antes!